quarta-feira, 14 de abril de 2010




BULLYING É PROBLEMA GRAVE E MERECE ATENÇÃO!
por Fernanda Junqueira



Recém-chegada aos Estados Unidos, a irlandesa Phoebe Prince, 15 anos, manteve um namoro com um dos garotos mais populares da escola onde se matriculou. Esse foi o motivo que levou um grupo de adolescentes a agredi-la verbal, virtual e fisicamente. Cansada, desesperada e com medo da violência, a garota optou pelo suicídio. Phoebe foi encontrada enforcada na escada do prédio onde morava no último dia 14 de janeiro passado. Em março, a Casa Imperial japonesa divulgou uma nota informando que a princesa Aiko, de 8 anos, filha única do herdeiro do trono do Japão, Naruhito, havia deixado de ir à escola após sofrer assédio moral por um grupo de colegas.

Phoebe, Aiko e milhões de outras crianças e adolescentes, meninos e meninas, de todo o mundo são vítimas, diariamente, de um mal que existe há séculos, mas que hoje em dia tem nome “científico” – bullying – e vem alcançando proporções avassaladoras. De acordo com a psicóloga Maria Tereza Maldonado, do Rio de Janeiro, membro da American Family Therapy Academy, o bullying sempre aconteceu em todas as escolas, mas por muito tempo a sociedade o considerou “brincadeira de crianças” e não deu maior importância ao tema. O termo inglês é utilizado para descrever atos de agressão física, verbal e psicológica intencionais e feitos de modo repetitivo.

Segundo a pedagoga Flávia Cristina Oliveira Murbach de Barros, de São Paulo, é necessário levar em conta que os problemas sociais em geral, na escola ou em qualquer outro espaço, vieram a ter mais evidência com a evolução dos estudos sobre o assunto. “Podemos dizer que a partir da década de 1980 houve muitas mudanças políticas e econômicas no país, o que acarreta uma grande mudança na forma de se ver a ciência, a arte e a sociedade como um todo. Assim também passaram a ver a escola e seus problemas por outro ângulo. É necessário destacar ainda que as gerações atuais vivem um momento de banalização da violência, psicológica ou física, o que contribui para o aparecimento de mais violência, como o caso do próprio bullying”, afirma Flávia, que também é doutoranda em Educação pela Unesp Marília (Universidade Estadual de São Paulo) e pesquisadora do Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Motivos e sinais

Mais importantes do que as diferentes expressões do bullying, conforme as faixas etárias, são as semelhanças de motivos: visões preconceituosas sobre as pessoas consideradas diferentes da maioria; desejo de exercer poder dominando ou atacando pessoas vistas como mais sensíveis ou retraídas; inveja que estimula a excluir do convívio social os que se destacam intelectualmente.

Em geral, a criança que sofre o assédio moral não conta em casa o que está acontecendo na escola – o universo principal onde o bullying é exercitado (alguns autores expandem o conceito para incluir também as condutas de agressão persistente entre irmãos, vizinhos e parentes) –, mas pais atentos podem identificar o problema.

Os principais sinais são mudanças de comportamento do tipo: não querer ir para as aulas, pedir para mudar de turma, sintomas de angústia (dor de cabeça, de estômago, suor frio), dificuldade de concentração e queda do rendimento escolar. A criança se torna arredia, tensa, preocupada e cansada, de acordo com o especialista norte-americano Allan Beane, autor de “Proteja seu Filho do Bullying - Impeça que ele maltrate os colegas ou seja maltratado por eles” (Editora BestSeller) e do site www.bullyfree.com. O filho de Allan, Curtis, morreu aos 23 anos por culpa indireta do bullying após muito sofrimento.

É preciso escutar

Os pais precisam mostrar-se abertos à escuta, encorajando a criança a expressar seu sofrimento, sem criticá-la por ser “fraca” e sem se apressar a criar soluções que muitas vezes ela não se sentirá em condições de colocar em prática. É importante pensar junto com ela a criação de recursos pessoais e de alianças com os amigos que a tornarão capaz de enfrentar os agressores, da mesma forma que é essencial que a escola promova um programa antibullying eficiente.

Já os pais de uma criança que pratica o bullying devem mostrar ao filho que se divertir à custa do sofrimento dos outros é inaceitável e que ele pode desenvolver maneiras de se destacar com habilidades valiosas. “O diálogo é sempre importante. E saber o porquê das ações como também fazer uma autoavaliação das relações domésticas entre criança-família”, ressalta a pedagoga Flávia.

“Somos formados por nossas relações históricas e sociais, pela relação com os objetos da cultura. Precisamos saber, tanto a escola como a família, o que estamos proporcionando às crianças e aos adolescentes em relação à apropriação da cultura. O que eles estão se apropriando? O que estamos proporcionando? Uma cultura computadorizada? Uma conversa sem relação de reciprocidade? Vale a nossa consciência”, analisa a especialista.

Já a psicóloga Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), avisa que, conforme a gravidade, um psicoterapeuta pode ajudar a criança vitimada ou a autora de bullying, bem como a família a enfrentar o problema. “O que os pais nunca devem fazer é ignorar ou minimizar o problema da criança, nem estimular a agressão ou o revide.”

Ação e reação

Vale a pena ressaltar que algumas crianças criam recursos para lidar com o problema e se desenvolvem normalmente. Outras, no entanto, carregam o sofrimento consigo por um longo período de vida ou acabam se tornando autoras de bullying. “Pode haver ainda sequelas terríveis para a vida adulta, como abandono dos estudos, menores chances de conseguir um emprego, de se relacionar afetivamente, formar uma família, problemas com baixa auto-estima e maiores chances de desenvolver transtornos mentais”, alerta a psicóloga Lúcia Cavalcanti. Há casos graves em que o desespero é tão grande que o adolescente se sente sem saída, adoece e às vezes chega a cometer suicídio – vide o fim trágico de Phoebe Prince.

“O bullying associa a intimidação e a humilhação das pessoas por parte do agressor, resultando em um ataque psicológico, físico e social. A vítima recebe uma alta carga energética dos seus agressores, por isso, muitas vezes, existe um peso acima do suportável, podendo gerar intenções suicidas ou homicidas, como muitos casos que acontecem nas escolas dos Estados Unidos, onde a vítima sai matando seus agressores como forma de aliviar essa carga sobre sua vida", comenta a psicoterapeuta Maura de Albanesi, diretora do Instituto de Psicologia Avançada AMO, de São Paulo. “Por esta razão, os pais precisam buscar ajuda psicológica rapidamente, a fim de também evitar que essa criança se torne um adulto que sofra de fobia social, timidez, medo, apatia e afins", alerta a psicoterapeuta.


Especialistas dão dicas para lidar com bullying


Os pais devem mostrar que o filho não é culpado pelas perseguições e deixar claro que ele tem os seus valores e qualidades. É importante incentivá-lo a contar sobre o que acontece na escola e apresentar as pessoas que fazem parte do seu ciclo de relacionamento. Já com os agressores, observa a psicoterapeuta, a reação deve ser parecida. “Só criticar não resolve o problema. É preciso conversar, se interessar e saber ouvir. Deixe claro que o comportamento violento é inaceitável, mas que é possível mudar essa conduta”, salienta a psicóloga Maria Tereza Maldonado, do Rio de Janeiro, autora do livro "A Face Oculta – Uma história de bullying e cyberbullying", da Editora Saraiva.

Para extravasar sentimentos como raiva, medo e ansiedade, a pedagoga Flávia Cristina Oliveira Murbach de Barros sugere que a criança realize atividades como brincar com outras pessoas, participar de atividades coletivas, interativas ou artísticas (música, teatro, artes plásticas e dança), além de praticar esportes. “São várias formas de a criança se abrir para os conhecimentos e assim transformar sua própria realidade. A escola, a família e a comunidade podem proporcionar isso, como algo que extravase a criatividade, e a formação de um adulto mais humanitário”, diz.

Para a psicóloga Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), é essencial que os pais ajudem a criança a construir uma autoestima forte e a lidar com possíveis problemas de convivência valorizando os comportamentos adequados dela, além de abrir muitas oportunidades para que ela descubra seus pontos fortes. Nesse momento, é primordial o afeto incondicional para ensiná-la a acreditar em si mesma e a suportar frustrações de forma otimista.

segunda-feira, 5 de abril de 2010



COMO DESENVOLVER O PALADAR DE UMA CRIANÇA
por Julia Layton


Dicas para desenvolver o paladar de crianças

Beliscar, ou ser seletivo com comida, faz parte do curso da infância. Algumas crianças não serão nunca bons garfos. Outras, que comem qualquer coisa até os 18 meses de idade, de repente comerão dois ou três alimentos diferentes aos 2 anos.

As crianças não beliscam alimentos para sempre

Crianças tipicamente desenvolvem hábitos alimentares extremamente limitados. Medo de novos alimentos, ou neofobia, é, em parte, uma adaptação evolutiva criada para proteger nossos ancestrais de comer substâncias perigosas. Mas a neofobia alimentar, junto com uma dieta somente de salgadinhos e uma simples recusa a comer o que está no prato, também são um fenômeno do desenvolvimento.

Primeiro, os botões de gosto (pequenos receptores na língua que percebem o sabor) das crianças não estão totalmente formados, então elas, literalmente, não têm paladar para todos os alimentos que os adultos comem. Do ponto de vista psicológico, crianças pequenas não são muito fãs de variedade em geral (observe a insistência de um pequenino em usar aquela camiseta amada todos os dias), e elas também estão em processo de reivindicar sua jovem independência. Que melhor maneira de dizer "Você não manda em mim" do que não comer o que a "mandona" cozinha?

O problema, claro, é que a dieta de salgadinhos apenas não têm todos os nutrientes que uma pessoa precisa. Mais, a disposição de experimentar novos e diferentes alimentos na tenra idade pode ser um bom começo para um hábito duradouro de abertura a novas ideias. Por isso, os pais continuam tentando expandir o paladar de seus filhos pequenos, com resultados variados.

Embora não exista nenhum método infalível para tirar os filhos desse padrão de comportamento alimentar, há algumas maneiras de aumentar as chances de sucesso:

Deixe as crianças ajudarem

Envolver as crianças na escolha e no preparo de novos alimentos torna-as mais propensas a decidir comê-los. Leve-as com você à feira ou ao supermercado e deixe-as escolher os vegetais do almoço ou do jantar. Quando for prepará-los, dê a elas uma tarefa, como salpicar o sal (já separado na quantidade certa por você) ou mexer o molho.

Torne a comida divertida

Se comer é uma atividade, em vez de um fardo, um beliscador pode esquecer que é tão seletivo. Uma criança de 18 meses adora mergulhar coisas, por isso sirva o novo alimento com um molho de que ela já goste. Ou prepare algo novo, como snacks coloridos para a hora do chá.

Limite doces e salgadinhos

Se a criança se entupir de suco e salgadinhos, é menos provável que ela coma as cenouras não-tão-doces e o frango temprado que estão no prato na hora do jantar.

Evite a tentação da comida bege

Macarrão, frango empanado e batatas fritas são legais, mas não exclusivamente. Não opte automaticamente pelo menu de comidas beges quando sair; peça as meias-proções coloridas para crianças da "comida para adultos", ou divida a sua entrada.

Persista

Você pode ter de introduzir um novo alimento dúzias de vezes antes que elas o provem. Exposição é a chave. Continue colocando-o no prato, e há chances de que elas eventualmente o comam.

Apenas tenha em mente que "persistir" não significa "insistir". Forçar seus filhos a comer algo não fará nenhum bem além de proporcionar algum valor nutricional momentâneo, e provavelmente acabará produzindo uma pessoa com problemas alimentares e para comer.

Mas enquanto a criança não estiver em perigo (se você estiver preocupado com deficiências nutricionais, contate um pediatra), as chaves para desenvolver o paladar de uma criança são paciência, flexibilidade e uma dose saudável de perspectiva: há 99% de chance de que elas irão superar o hábito de beliscar tão naturalmente quanto superaram o hábito de mastigar os próprios pés.



segunda-feira, 26 de outubro de 2009




Pessoas saudáveis que tomam antidepressivo ficam menos irritadas
por Agência USP de Notícias


Um estudo feito na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) concluiu que tomar baixas doses de antidepressivos altera o humor de pessoas saudáveis. Elas se irritam menos e ganham mais tolerância e eficiência.

A pesquisa analisou 120 voluntários rigorosamente saudáveis – eles não poderiam ter pais, irmãos, avós, tios ou primos com nenhum sintoma de doença psiquiátrica. Por 12 semanas eles tomaram aleatoriamente duas pílulas. Uma continha 40 miligramas de antidepressivos – doentes usam doses a partir de 75 mg – e a outra não tinha nenhum princípio ativo. Depois, especialistas analisaram as mudanças em diversas áreas da saúde mental e física – agressividade, personalidade, sono, alimentação e o cérebro.

Nas semanas em que tomaram os medicamentos, cerca de 30% dos voluntários apresentaram sensíveis melhoras no humor. Eles passaram se irritar menos e tolerar mais as situações adversas. Além disso, passaram a prestar mais atenção em suas tarefas diárias. No trabalho, eles ficaram menos aflitos com as exigências simultâneas e erraram menos. Nas semanas em que não tomaram os remédios, não relataram mudanças.
Entre os efeitos colaterais da medicação estavam sono picado – os pacientes passaram mais momentos da noite com sono leve – e aumento ou diminuição do apetite. Esses efeitos aconteciam com todos os pacientes que passaram pelo tratamento.

Os pesquisadores não sabem explicar por que os remédios causaram essas mudanças, nem por que as alterações aconteceram somente com um terço dos voluntários. Essas pessoas eram menos medrosas, irritadas e impulsivas e mais resilientes – aceitavam com mais facilidade e resignação os problemas da vida.

Humor inesperado

A pesquisa foi feita para esclarecer porque alguns pacientes psiquiátricos que tomavam antidepressivos ganhavam um humor melhor enquanto recebiam o remédio do que antes de ter a doença. Os resultados mostram para os médicos que o bom humor, em muitos casos, é um efeito extra do remédio.

A utilização de voluntários normais é uma rotina no teste de efeitos de medicamentos. “Não estamos propondo que as pessoas saudáveis usem antidepressivos – não queremos mudar o seu temperamento”, esclarece o professor da FMUSP, Valentim Gentil Filho, responsável pelo projeto temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Não há nenhuma indicação médica para tratar pessoas normais - a medicina se preocupa com a prevenção ou o tratamento das doenças.”

Para explicar as descobertas e discutir com a sociedade as questões éticas, científicas, filosóficas e biológicas que a pesquisa levanta, o grupo vai realizar no dia 14 de novembro um simpósio aberto a interessados no assunto.

domingo, 25 de outubro de 2009





Pássaros cochilam com metade do cérebro
Durante a temporada de migração, sabiás-de-óculos podem descansar metade do cérebro de cada vez
por revista MENTE E CÉREBRO 10/2009


Não é privilégio dos tubarões: pesquisadores descobriram que alguns pássaros com pouco tempo para dormir também conseguem realizar grandes façanhas. Durante os períodos de migração, eles se recuperam do cansaço dos noturnos com cochilos – descansando metade do cérebro por alguns segundos a cada vez – enquanto estão empoleirados, durante o dia.

Estudar essas “micro-sonecas” pode dar pistas sobre como combater problemas humanos relacionados à falta de sono.

Examinando gravações de eletroencefalograma (EEG), cientistas confirmaram recentemente que sabiás-de-óculos em cativeiro caem no sono e, quase que imediatamente, dormem por períodos de cinco ou dez segundos durante períodos de seca. Em alguns casos, os pássaros mantêm apenas um olho aberto, em um estado semi-alerta, possivelmente para observar predadores, enquanto o outro olho fica fechado, correspondendo à metade do cérebro que dorme. Outros pássaros e alguns mamíferos aquáticos (que precisam subir periodicamente para respirar) também têm o sono chamado “uni-hemisférico”.

“É difícil imaginar humanos cochilando com um olho só; nossos cérebros estão muito mais interconectados do que o das aves, que tem hemisférios que podem trabalhar de forma independente”, diz o neurocientista comportamental Verner Bingman, da Universidade da Universidade Estadual de Bowling Green, em Ohio, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo. Ainda assim, os pássaros podem mostrar aos humanos como compensar as horas mal dormidas. “Mas não está claro ainda se aves conseguem repor todo o sono perdido durante a temporada de migração”, pondera a psiquiatra Ruth Benca, que estuda o sono animal na Universidade de Wisconsin-Madison, também nos Estados Unidos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009




A CORÉIA DO NORTE ESTÁ EQUIPADA PARA ATACAR OS ESTADOS UNIDOS?
por Julia Layton


No dia 11 de outubro de 2006, a Coréia do Norte, que recentemente desenvolveu capacidade nuclear, levou sua retórica para um nível mais alto quando ameaçou atacar os Estados Unidos, que a estavam "amolando" desde que ela se declarou membro do clube ao realizar um teste nuclear que abalou o mundo inteiro. Os oficiais da Coréia do Norte estão exigindo uma reunião cara a cara com os Estados Unidos, mas eles se recusam. Ao contrário, os Estados Unidos insistem em conversas multilaterais e prevêem duras medidas repressivas se a Coréia do Norte não cooperar. E a Coréia do Norte prometeu lançar um míssil nuclear se os Estados Unidos não fizerem alguma coisa para resolver o impasse. Será, porém, que a Coréia do Norte possui os recursos para cumprir suas ameaças contra os Estados Unidos?

Na verdade, não. E, de certo modo, sim.

Na verdade, não existe evidência de que a Coréia do Norte tenha armas nucleares, apenas que possui um dispositivo nuclear. Um dispositivo capaz de realizar uma explosão nuclear é uma coisa, mas enviar essa "bomba" para um alvo específico por meio de um míssil já é uma outra história. A maioria dos especialistas acredita que a Coréia do Norte ainda não desenvolveu a tecnologia para usar sua capacidade nuclear como uma arma. Supostamente, ela poderia usar o dispositivo como uma arma jogando-o de um avião, mas os aviões são fáceis de serem abatidos antes que consigam chegar perto do alvo. A capacidade da Coréia do Norte de diminuir seu dispositivo nuclear a ponto de deixá-lo do tamanho necessário para que caiba em um míssil está praticamente fora de questão no momento.

Mesmo que a Coréia do Norte possa usar sua tecnologia nuclear como uma arma e consiga colocar uma ogiva nuclear em um míssil, a ameaça ao território norte-americano é praticamente mínima agora. A Coréia do Norte tem mísseis de longo alcance teoricamente capazes de chegar aos Estados Unidos, mas o teste dessa tecnologia no verão de 2006 foi um completo fracasso. O país lançou um míssil balístico intercontinental em direção aos estados norte-americanos do Pacífico, mas ele explodiu 40 segundos depois de ser lançado. Não se sabe ao certo se ele ia em direção ao Alasca ou ao Havaí.

Está bem claro, contudo, quem está em risco: os EUA são aliados do Japão e da Coréia do Sul. Embora existam dúvidas a respeito de os mísseis de longo alcance da Coréia do Norte poderem chegar aos Estados Unidos, sabe-se com certeza que seus mísseis de curto alcance podem atingir seus vizinhos, e os dois são bastante amigos dos Estados Unidos. O Japão e a Coréia do Sul são os alvos das ameaças da Coréia do Norte de tomar "medidas físicas" contra os Estados Unidos, sejam essas medidas convencionais ou nucleares. O exército dos Estados Unidos tem grandes instalações nesses dois países, e os analistas prevêem que um ataque nuclear contra Hong Kong poderia enfraquecer o comércio internacional dos EUA. E também existe um problema que realmente preocupa Washington: a Coréia do Norte vende suas armas para consumidores que não são aliados dos Estados Unidos. Até mesmo a menor bomba nuclear poderia provocar conseqüências desastrosas se caísse em mãos erradas. Uma das sanções que os Estados Unidos estão baixando como uma resposta ao programa nuclear da Coréia do Norte é um embargo total de suas importações e exportações.

Em resposta à ameaça contra os aliados e os interesses dos EUA, o exército norte-americano está constantemente aumentando suas forças no Pacífico. Esse posicionamento estratégico ficou bem mais complicado graças aos outros conflitos em que os EUA já estão envolvidos (Afeganistão e Iraque), e construir uma força para lidar com a ameaça da Coréia do Norte pode se tornar uma tarefa digna de Hércules. Tecnologias essenciais como os sistemas aéreos não tripulados Predator estão em falta e já estão sendo usadas em outras partes do mundo, e os Estados Unidos não têm muitas tropas para posicionar no Pacífico. Os militares americanos já têm bombardeiros da Força Aérea, porta-aviões, aviões de caça, instalações de mísseis Patriot e submarinos nucleares posicionados na área, mas fornecer tropas para um conflito de verdade pode significar esgotar os recursos de outras frentes e mais tempo de serviço para tropas que já estão atuando no Iraque ou no Afeganistão.

Mesmo que existam dúvidas em relação aos verdadeiros recursos nucleares da Coréia do Norte e apesar do arsenal de armamentos de alta tecnologia posicionado bem próximo dela, o território dos EUA não está completamente seguro. Especialistas dizem que, a menos que a Coréia do Norte seja persuadida a se desfazer do seu arsenal nuclear ou algum outro país o destrua, ela será capaz de atacar os Estados Unidos com um míssil nuclear dentro de 10 anos.





A DESCOBERTA DO MANTO DA INVISIBILIDADE
por CAMERON LAURENCE


Aqui está mais uma notícia que fará sucesso entre os fãs de Star Trek e de Harry Potter e que vai realizar o sonho de Clay Aiken. Não tem nada a ver com as técnicas mentais secretas para desaparecer de uma reunião de equipe.

Sir John Pendry, do Imperial College de Londres, e o time de cientistas trans-Atlantic estão trabalhando em conjunto para desenvolver um manto real de invisibilidade. Quando o projeto for concluído (a previsão é em 2011), o manto funcionará da mesma maneira como nos filmes. A pessoa ou objeto coberto pelo manto desaparecerá completamente.

terça-feira, 4 de agosto de 2009




DEPRESSÃO


Sabe-se que a depressão é uma doença que se caracteriza por alterações no humor e pela perda de prazer em atividades antes prazerosas.

Conhecendo a depressão

Diferentemente do estado de tristeza (comum a todos em determinados momentos da vida), a depressão é um problema de origem neurológica que apresenta, além de tristeza profunda, uma série de outros sintomas.

Acredita-se que aproximadamente 20% da população mundial já sofreu de depressão em alguma fase da vida. Este distúrbio do sistema nervoso ocorre com maior freqüência em mulheres do que em homens.

Com relação as suas causas, sabe-se que esta doença está relacionada a uma disfunção de algumas substâncias químicas do cérebro, como, por exemplo, a serotonina.

Além disso, existem ainda outros fatores desencadeantes desse estado, tais como: fatores psico-sociais (ex: a perda de uma pessoa amada), fatores biológicos (alterações nos níveis de neurotransmissores ou hormonais) e outras causas como alguns tipos de medicamentos.

Você sabia?

Muitos médicos e psicólogos apontam as exigências da vida moderna, principalmente nas grandes cidades, como fatores desencadeadores de depressão. O estresse no trânsito, a competição no trabalho, as inúmeras responsabilidades cotidianas e a falta de tempo para realizar atividades agradáveis podem ser citadas neste contexto.

IMPORTANTE: as informações contidas nesta página servem apenas como fonte para pesquisas e trabalhos escolares. Portanto, não devem ser utilizadas para fins de orientação médica. Para tanto, procure um médico para receber orientações e o devido tratamento.